Neste instante frente a esta pálida folha que me fascina
Neste branco que me inquieta,
Desejosa de criar dar vida,
Povoar este velho pedaço de papel amassado.
Preenche-lo de sentimentos e paisagens,
Criando situações...
Desamasso a folha e timidamente
Vou explorando meu universo de palavras
Tentando esculpir como um oleiro
Que do barro faz sua arte com precisão.
Vou garimpando as palavras que surgem
Surgem em turbilhão.
Palavras ainda um tanto disforme,
Criando um complexo de emaranhada teia que me instiga,
Domina e me mantém cativa neste êxtase de extrair
A emoção seduzida pela inspiração que desabrocham do coração
Já é alta madrugada o silêncio e as palavras me acompanham
Totalmente dócil não almejo a alforria este é meu paraíso
Onde me deleito a divagar totalmente livre reclusa neste recanto.
Talhando ,moldando ,aparando arestas sem nenhuma pressa
Envolvida pelo manto azul do infinito
Busco a harmonia e sintonia nesta quietude e paz
Que me transportam por sobre continentes
Além mar voando nas asas da poesia
Dando vida a idéias ,pensamentos talhados agora
nesta noite insone e fria .
Onde esta folha antes jazia inerte
Jogada no chão totalmente só e vazia.
Marilda Corrêa
Tecendopoesias
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